03 QUE MUNDO NOS ESPERA?


Muita gente se preocupa com as gerações que estão por vir, eu confesso estou mais preocupado com o mundo que está sendo construído e deixaremos como herança para essas gerações.

Desde os primórdios que tem sido o homem a se adaptar ao mundo e não o inverso, por que, então, me preocupar com o homem se quem tudo regula é o mundo? Freire já dizia que "ninguém ensina ninguém, aprendemos uns com os outros, mediados pelo mundo".

Já não assusta tanta gente, hoje, a ideia da IA (Inteligência Artificial), já vamos nos habituando e até participando dela de forma por vezes até inconsciente, e não somos nós os intelectualizados, apenas, que fazemos parte desse novo mundo em construção, veja: o Brasil tem 210 milhões de habitantes, mas tem 250 milhões de telefones celulares. Não conseguimos dar dois passos sem andar com o celular na mão. Pensamos celular, executamos celular, pesquisamos celular... ele já é uma extensão do nosso corpo, e cada dia ficamos mais dependentes dele. Já chegaram a chamar essa dependência de doença, eu não acredito nessa teoria, pois vivemos a era da comunicação e da velocidade Repare como era diferente no tempo do telefone fixo.

Hoje, muito do trabalho que exigia a força e o conhecimento do ser humano já é substituído por um robô, mas o robô é uma máquina que ainda não pensa de forma lógica. Assim, para que o robô trabalhe precisa, ainda da inteligência do homem para que ele execute as tarefas mais complicadas e de forma mais rápida e precisa que o não faria o homem apesar de ser este a pensar o que fazer.

A partir desta ideia já se antecipa o fim dos trasportes dirigidos pelo homem e outras tarefas mais. Por isso a Sociedade dos Pedagogos Pensantes se preocupa com as possibilidades que cada dia mais aumentam na utilização dessa IA para que se possa pensar, desde já, em preparar minimamente o homem que estará inserido nesse novo mundo. A evolução das TIC's é muito rápida e nós sabemos que o homem não tem a velocidade mental capaz de acompanhar esse ritmo alucinado que o mundo está adotando. Se não começarmos - já devíamos ter começado há quase um século, quando surgiu a primeira geração de computadores - a pensar em grandes transformações pessoais ou estaremos fora da realidade que se está estabelecendo. Um modo de fazer isso é repensar a nossa educação escolar.

Há muito venho tentando convencer as pessoas minhas parceiras de que precisamos mudar. Até então, era um diálogo com surdos, mas no presente alguns já começam a enxergar a transformação que se se está operando na sociedade e isso já é um primeiro grande passo. Aguardo que muitos mais aprendam a dar esse primeiro passo e depois aprendam a andar de forma diferenciada daquela que têm adotado até hoje.

Aproveitemos o Ano Novo que já bate a nossa porta para adotarmos novas medidas educacionais escolares (e até familiares, pois tenho visto quem antes gritava "menino, solta esse celular", não soltar mais o dela por nada deste mundo). A educação não é só para os mais jovens, tem que atingir a todos de um modo geral. Há que transformar, reformar e adaptar-se aos novos tempos.

Feliz Futuro para todos nós!

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